- Flora Quinhones
Nota da Bancada do PT sobre o retorno das aulas em Santa Maria
O desafio do retorno às aulas é uma realidade em Santa Maria. Mesmo com a autorização da retomada, ainda há muito o que sanar para que haja tranquilidade para o ensino presencial. Embora saibamos do avanço gradativo da vacinação contra a Covid-19 no município, ainda há outras dificuldades a serem enfrentadas pelos professores, trabalhadores da educação e pela comunidade escolar, que vão desde a readaptação do ensino, passa pela falta de estrutura necessária das escolas, pela imunização ainda não completa, pelos protocolos de segurança a serem cumpridos e esbarra, inclusive, nos problemas de saúde e emocionais, reflexos de um período bastante complicado. Além de superar todos esses obstáculos, os professores ainda terão a árdua tarefa de recuperar a grade curricular nos períodos que virão. Só que para isso é necessário ampliar as políticas públicas na educação e isso começa pelo preparo das escolas ao enfrentar essa nova etapa. No entanto, a realidade das escolas públicas do município não é essa. Faltam recursos e sobram problemas. Portanto, não é seguro que o retorno das aulas seja realizado da forma como está posto. Estudos mostram que uma graúda parcela de educadores apresentam problemas de saúde, inclusive psicológicos, em decorrência da pandemia e associados ao acúmulo de jornadas, isso são fatores que potencializam, inclusive, o risco de contaminação advinda de possível proximidade física entre estudantes e profissionais. Obviamente, que esses efeitos também são notados na comunidade escolar, por isso, o preparo para que essa integração social volte a ocorrer também devem ser observados outros fatores, que não só os cuidados básicos dos protocolos de saúde, como o uso de máscara e do álcool em gel. Cabe ainda alertar a chegada da variante Delta e o perigo que ela representa para as crianças e para quem ainda não está com a imunização completa. Basta lembrar que o estado do Rio de Janeiro havia liberado as aulas presenciais e precisou recuar e voltou a fechar as escolas nesta semana. Desta forma, acreditamos que há a necessidade urgente de serem adotados outros métodos, até que toda a imunização seja completa e, neste período, adequa-se a estrutura das escolas para essa nova etapa do ensino presencial e de forma gradativa. Sem essas garantias de sobrevivência, de vacina no braço e de uma valorização dos professores que nunca pararam de trabalhar durante esse período, pelo contrário. Aumentaram suas demandas para que os estudantes não ficassem sem o primordial do ensino, mesmo com todas as dificuldades advindas, especialmente, pela falta de tempo que tiveram para se adaptar à realidade imposta pela pandemia. Por isso, entendemos que o retorno por completo só deve acontecer no município, quando os professores, trabalhadores da educação e comunidade escolar estejam imunizados completamente e com a estrutura adequada para essa retomada. Tudo isso, em razão da segurança de todas e todos. Bancada do PT – Santa Maria Marina Callegaro, Ricardo Blattes, Valdir Oliveira