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  • Flora Quinhones

O destino da Gare

Durante um ano, foi sinalizado à prefeitura que a Gare deveria ser destinada para cultura, educação e turismo. Nessa semana, a ação judicial assinado pelos advogados Ricardo Blattes e Giorgio Forgiarini contra a transformação da Estação Ferroviária em um centro comercial-gastronômico foi vencida. Desta forma, Ricardo foi a tribuna e lamentou que o poder executivo não tenha conversado com a sociedade e os membros do Coletivo Memória Ativa, que sinalizaram o erro de postura da prefeitura, quanto ao projeto para o principal patrimônio histórico da cidade.


Em nota a prefeitura declarou: "A prefeitura de Santa Maria acata a decisão judicial e não recorrerá da sentença. Para tentar resolver o problema histórico da Gare, um compromisso assumido por esta gestão, o Executivo municipal trabalhará para lançar um processo licitatório, mesmo que com trâmites que exijam mais prazo do que aquele que estava sendo buscado pelo Município e que foi contestado junto à Justiça, para a exploração cultural e econômica do local."


Blattes sinalizou que a prefeitura teve um ano para organizar uma segunda alternativa para a Gare. "Numa hora dessas, é o gosto amargo da vitória. Ganhemos! Mas durante um ano, em que o judiciário ficou debruçado, o poder executivo impetrou recursos, agravos, se debatendo pra dizer que tava certo, quando não estava. Chega de análise preguiçosa. É mais que chegada a hora, que o Poder Municipal de Santa Maria venha conversar com a população. Soluções magicas não existem. O problema da Gare é sério. E ninguém está se esquivando de conversar", afirma o advogado.


Sobre a soluções para o que deve ser feito a edificação, Ricardo defendeu que o valor do patrimônio Histórico deve ser considerado como um ativo para a cidade. "A comunidade dos anos 90 lutou muito para que aquele espaço fosse dedicado a educação, cultura e turismo. Temos em Santa Maria, na avenida Rio Branco um dos maiores da América Latina, conjuntos de Art Decó, temos prédios históricos na Vila Belga. Porque não considerarmos que isso é um ativo? Porque não, tratarmos de um centro de economia criativa, ligado a cultura, ligado a arte?", sugere o vereador.


Ao final, o vereador fez um apelo para que a Câmara seja protagonista e chame a comunidade para fazer essa discussão. Ele pediu para que os vereadores membros da Comissão da Educação e Cultura para se poder fazer um debate amplo, plural, com diversidade sobre o que vai ser feito com a gare e os prédios Históricos da cidade.


Confira defesa na íntegra



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