top of page
  • Flora Quinhones

As mentiras nacionais e um apelo para que a Câmara defenda a Corsan

Na sessão desta quinta-feira, dia 01 de abril, o vereador Ricardo Blattes fez uso da tribuna para relembrar algumas mentiras nacionais, fazer um apelo pela Corsan e se solidarizar ao dia da nacional de conscientização do autismo.


Acessibilidade

Blattes começou sua intervenção se solidarizando com a fala de Admar Pozzobom em defesa de ações de inclusão a crianças com autismo. Ricardo relembrando o período que trabalhou na secretária de educação especial do ministério da educação, quando se tratou, justamente, da acessibilidade de pessoas com deficiência na educação. Ele também lamentou o período atual em que se vive um retrocesso na temática. “Quando o Brasil finalmente começa acompanhar a prática de outros países, nos quais dizem que ser diferente é normal e que uma deficiência deve ser amparada pela totalidade da sociedade. De repente, vem um presidente dizendo que tem que separar as crianças, numa ignorância completa” alerta o vereador.

Mentiras Nacionais

Dentro da temática nacional, Blattes faz um paralelo de grandes mentiras que vem sendo contadas a ponto de serem ditas como verdade. Ele afirma ter se surpreendido no dia 31 de março. Uma data que se lembra, mas não se comemora a ditadura militar. “E vi diversas manifestações crescentes, defendendo esse regime de exceção e mais do que isso, defendendo que possa voltar. Nós não podemos permitir que numa era de informação que vivemos, tantas pessoas possam acreditar que foi bom pro Brasil, ter um regime militar em que milhares de pessoas morreram e foram torturadas”, aproveitando a fala, o vereador também lembrou que é inadmissível o Brasil ter uma lei de anistia na qual não buscou a responsabilização de ninguém.

Ricardo também trouxe à tona, as mentiras trazidas pelo deputado Osmar Terra que por tanto tempo divulgou dados e fez falas negacionistas que impulsionaram a desinformação sobre a pandemia. “A saúde pública vive um momento grave por muito tempo e que é minimizado por muita gente e isso não pode acontecer” afirma.

Ainda sobre mentiras, Blattes aproveitou para citar o caso da lava jato e a venda das estatais com o objetivo de causar um desmonte dos sistemas públicos.

“As companhias públicas tem problemas, dizes que a lava jato é uma farsa, não significa ignorar desvios que ocorreram no sistema brasileiro de empreiteiras. Mas a narrativa de que está tudo errado e que tem que colocar fora todo o patrimônio público brasileiro: Essa só serve no Brasil, porque no mundo inteiro, o corrupto vai preso e paga, mas o sistema capitalista é salvo. No Brasil, existia um interesse internacional e do mercado de aniquilar com o sistema de construção civil brasileira que atuavam no mundo inteiro com competitividade e que foram destruídas. Não significa defender o dono da Odebrecht, mas significa defender uma empresa grande do Brasil”, analisa o advogado.

Corsan

Sobre a Companhia Riograndense de Saneamento, o vereador destacou que não se trata de defender só a Corsan, mas sim, um conceito da água pública, pois isso é de interesse público estratégico. Segundo ele, delegar isso para o setor privado e fazer com que a água vire mercadoria sem nenhum compromisso é um equívoco.

O vereador sinaliza usando o exemplo da Sabresp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que foi privatizada e fez um investimento de 470 milhões em São Paulo, mas distribuiu entre seus acionistas, 4 bilhões e meio de lucros. “É isso que pode acontecer com a Corsan. Ela vai continuar sendo superavitária porque dá lucro pro Estado. Mas se ela for privatizada e voltar para a mão do estado, o retorno vai ser menor” analisa Ricardo.

Novamente ele reforça a necessidade da sociedade entenda que a água é um bem de todos e não pode virar mercadoria. Além disso, os recursos hídricos estão envolvidos na discussão. “Vamos tentar trazer esse debate para a Câmara de Vereadores. Vamos apoiar a moção de repudio a privatização sem conversar com o povo gaúcho”, apela Blattes.

Cobranças do legislativo

Logo no início da sessão, Blattes sinalizou que recebeu parecer contrário da procuradoria ao seu requerimento de retirada do pedido de urgência do PL 9190 que garante essencialidade na educação em Santa Maria. Por isso, ele fez um pedido para a presidência da mesa, para que mesmo com o parecer contrário, o requerimento possa tramitar junto com a tramitação do PL 9190, já que o objetivo é garantir um debatem mais profundo com a sociedade sobre o tema.

Ricardo ainda fez cobranças novamente sobre do conjunto de vereadores estarem se reunindo sem ordem do dia para deliberar.

bottom of page